Os hormônios são parte fundamental no processo de hipertrofia muscular. De forma geral, aumentos nas concentrações hormonais desencadeiam uma série de eventos em nosso organismo como, por exemplo, o aumento da atividade de determinados receptores dentro e na membrana das células musculares.
Um estímulo (neste caso o treinamento com pesos) ocasiona respostas agudas (hormonais e metabólicas) o que irá desencadear aumento na síntese protéica. Com os estímulos sucessivos há uma adaptação crônica (acarretando aumento da secção da área transversa do músculo e aumento da força muscular. Todas essas adaptações são influenciadas por fatores exógenos e endógenos (idade.sexo, genética, nível de treino, nutrição e variáveis de treino)
Para nós, os hormônios de maior interesse de estudo são: a testosterona (TST), o hormônio de crescimento (GH), a insulina, o IGF-1 e o cortisol pois eles estão diretamente relacionados com o processo de anabolismo e catabolismo muscular
TESTOSTERONA: Evidências científicas apontam a TST como um dos principais hormônios anabólicos do organismo. Ele é secretado nos testículos pelas células de Leydig via hipotálamo e glândula pituitária anterior (KRAEMER E RATAMESS 2005).
Em conjunto com o GH, este hormônio contribui para o crescimento muscular através do aumento da síntese e diminuição da degradação protéica (CREWTHER 2006). A produção de testosterona é controlada pela glândula pituitária anterior. Este hormônio estimula as células de leydig a produzirem esperma nos testículos. A TST tb está relacionada com o processo de hipertrofia muscular.
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH): O GH é outro conhecido hormônio relacionado ao processo de hipertrofia muscular.
Sua ação está relacionada no aumento da síntese protéica e na redução da degradação muscular.Ele é sintetizado e liberado (de forma pulsátil) por células específicas localizadas na glândula pituitária anterior.
O GH estimula também a lipólise estando também intimamente relacionado com a liberação de IGF 1 no fígado . O Hormômio de Crescimento é liberado pela glândula pituitáia anterior e vai estimular a liberação de IGF-1 pelo fígado . A somatostatina e o GHRH (pepitídeoshipotalâmicos) regulam e controlam a liberação deste hormônio (CREWTHER 2006)
INSULINA: Hormônio liberado pelo pâncreas e, juntamente com oglucagon, regula a glicose sanguínea e o metabolismo de ácidos graxos. A insulina tem a função de suprimir a degradação muscular no período de recuperação pós exercício além de afetar positivamente a síntese de proteínas (ROOYACKERS 1997).
IGF -1: Este hormônio, também conhecido como somatomedina- C, é sintetizado e liberado pelo fígado estando sob influência do GH para posteriormente ser transportado a tecidos específicos (KRAEMER e RATAMESS 2005).Porém, as respostas do IGF-1 ao treinamento de força ainda não estão claras necessitando de maiores pesquisas (SIMÃO 2003).
CORTISOL: Estímulos como estresse, má alimentação e cargas excessivas de treino estimulam a liberação do cortisol pelo córtex adrenal através de da glândula pituitária anterior. Na célula, este hormônio vai se ligar a seu receptor e vai afetar negativamente o RNA mensageiro ocasionando um aumento na degradação protéica.
O RNA mensageiro carrega informações do DNA para o ribossomo, local onde ocorre a síntese proteíca. É o verdadeiro molde da sínteseproteíca estando, dessa forma, diretamente envolvido no processo de hipertrofia muscular .
Pra quem quer aumentar a instrução, segurimos uma leitura nos referenciados abaixo:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Crewther B, Keogh J, Cronin J, Cook C. Possible stimuli for strength and power adaptation: Acute hormonal response. Sports Med. 2006;36:215-38.
Kraemer WJ, Ratamess NA. Hormonal responses and adaptations to resistance exercise and training. Sports Med. 2005; 35:339-61.
Rooyackers OE, Nair KS. Hormonal regulation of human muscle protein metabolism. Ann. Rev. Nutri.1997; 17:457-85.
Simão R. Fundamentos fisiológicos para o treinamento de força e potência. São Paulo. Phorte Editora; 2003.
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